quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Bactéria KPC sob controle- * 13/10/2010 - 12:08 | Saúde

Segundo a Secretaria de Saúde, população pode continuar procurando os hospitais sem medo. Como medida de reforço, o órgão criou um Núcleo de Controle de Infecção Hospitalar. Medidas preventivas incluem a lavagem das mãos, se possível com o uso de álcool

De acordo com a secretária de Saúde do DF, Fabíola Nunes, os episódios de infecção hospitalar causados pela bactéria Klebsiella pneumoniae Carbapenemase, mais conhecidas como KPC, estão sob controle. “A população não deve deixar de procurar os hospitais em razão do medo de contaminação”, diz Fabíola.

A bactéria KPC é resistente aos efeitos de alguns antibióticos, o que dificulta o combate da doença. "Vamos tentar eliminá-la (a bactéria), mas se isso não for possível, pelo menos tratar a doença e evitar novos contágios", afirma. Conforme Fabíola, a preocupação maior é quanto aos novos casos de contágio, uma vez que a bactéria está no ambiente hospitalar, onde, em tese, as pessoas já estão com a imunidade baixa. “Queremos evitar que a bactéria saia dos hospitais para a comunidade", revela.

Ao todo, são 111 casos de KPC confirmados e suspeitos em hospitais públicos e particulares no DF. O Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) registrou 58 ocorrências. Para intensificar o combate à bactéria, a Secretaria de Saúde instituiu o Núcleo de Controle de Infecção Hospitalar. Um grupo está frequentando cada hospital da região para reforçar medidas de limpeza e higienização. Pacientes contaminados também estão sendo isolados para evitar a proliferação.

Lavar bem as mãos, segundo a secretária de saúde, deve ser a principal forma de controle e prevenção. Uma higienização completa entre os dedos das mãos, além do uso do álcool para desinfecção, também é altamente recomendado. A Secretaria de Saúde ainda alerta para o uso indiscriminado de antibióticos, que pode fazer efeito contrário e desenvolver resistência orgânica aos medicamentos.


Sem risco para a comunidade

O primeiro caso da infecção no Brasil ocorreu em Recife, no ano de 2006. No Distrito Federal, a primeira ocorrência registrada foi em janeiro deste ano.



A Klesiella pneumoniae carbapenemase é um tipo de bactéria com perfil de resistência que dificulta seu tratamento e pode causar pneumonia, infecções de corrente sanguinea e do trato urinário em pacientes em estado grave, como aqueles que necessitam de UTI. Fora do ambiente hospitalar, a bactéria não representa perigo. A forma de transmissão é basicamente por contato com secreção ou excreção de pacientes infectados ou colonizados. As medidas de higiene do ambiente e o uso do álcool a 70% são fundamentais para a contenção do surto.


Agência Brasília
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Lavar as mãos

Medida deve ser a principal forma de controle e prevenção
Foto: Marcello Casal - ABr

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